Prêmio Nobel de Medicina e o Segrodo para vida Longa.

Prêmio Nobel o Guru da Saúde 

Louis Joseph Ignarro é um farmacologista estadunidense. Foi agraciado, juntamente com Ferid Murad e Robert Furchgott, com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1998. É fundador e diretor do Nitric Oxide Society, membro da Academia Americana de Artes e Ciências e integra a Herbalife’s Scientific Advisory Board. Wikipédia
Nascimento31 de maio de 1941 (idade 78 anos), Brooklyn, Nova Iorque, Nova York, EUA

O que você vê na imagem é mesmo soja. Se ela é o segredo tão valioso? 

Bem, talvez parte dele. Sem prolongar o mistério, seria um dos caminhos certeiros para o seu corpo produzir óxido nítrico. 
Ah, e esse tal do óxido nítrico, vou falar… Se pudesse, eu o colocaria até na água, engoliria cápsulas, pingaria o danado na forma de colírio. 
Só que minha imaginação fértil logo se dissipa quando lembro que o gás — sim, estamos falando de um gás —não dura nadinha. 
Enquanto você simplesmente lê o seu nome aqui em velocidade normal — repita comigo, óxido nítrico —, puft,  já era, ele foi para o espaço.

Um dos três cientistas que provaram que, dentro do corpo, o óxido nítrico seria a molécula-chave para garantir uma vida mais longa e saudável, em especial ao cérebro e ao coração, foi o químico farmacêutico nova-iorquino Louis J. Ignarro, que na época desenvolvia suas pesquisas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. 


Por causa delas, em 1998, ele subiu ao palco do auditório do Instituto Karolinska, na Suécia, levando para casa "só" o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia. E ali lá estava eu, para o blog, prestes a conversar olho no olho com um legítimo Nobel. 

Olho no olho, mas não ao vivo e em cores…Coisas da modernidade.
Liga, desliga, reconecta. Nada. Sinto todo o óxido nítrico se evaporando em minhas veias. Já conectado, me esperando para uma conferência online, o laureado com o Nobel. 

E eu? Apanhando de 7 a 0 do computador. Enxergava na tela o cientista ora olhando para o teto, ora franzindo o cenho, sem me ver nem me ouvir — Alfred Nobel, diga-se, o que nos deixou de herança o tal prêmio, foi o inventor da dinamite. 
Se eu tivesse sua invenção comigo, mandaria o computador para os ares. Apelei. 
"Professor, vai ser pelo celular. Então desculpa a imagem esquisita e, mais ainda, a espera…".
Sem um pingo de ansiedade, ele me contou que estava diante de um janelão debruçado sobre o mar do Rio de Janeiro, cidade que visitava a convite da empresa Herbalife, da qual virou membro do comitê científico. 

Portanto, com os olhos pousados naquele azul, teria tempo para me contar o que eu quisesse. Sorte nossa.
Abusada, avisei que só queria entender quarenta anos de pesquisa sobre o óxido nítrico e, claro, qual o segredo para eu e você termos um bocado dele. Por que óxido nítrico? Aí começa pra valer a história.
Ignarro já estava de olho na substância quando deu seus primeiros passos na ciência. "Era fascinante tentar entender como uma molécula simples fazia parte de tantos processos fisiológicos", justificou. 

O óxido nítrico ajuda na comunicação entre as 50 trilhões de células do seu corpo, só para início de conversa. 
Mas vamos nos ater aos vasos sanguíneos. Ele consegue relaxá-los, o que de cara diminui a pressão, já que a passagem para o sangue se alarga. 
Mantém suas paredes elásticas como em uma eterna juventude, tornando-os mais resilientes a momentos como os que eu tinha acabado de passar diante do computador.
"Tudo flui também, melhorando a irrigação e o funcionamento dos mais diversos órgãos do corpo, porque o óxido nítrico diminui o colesterol nocivo na circulação, por mecanismos que ainda não compreendemos muito bem, e evita coágulos", completa o professor Ignarro. 

E coágulo, minha gente, só é ótimo quando chega em boa hora — quando nos machucamos e ele tampa a ferida, evitando que o sangue escoe até a última gota. Já um coágulo à toa, sem razão de ser, é encrenca com nomes definidos: infarto ou AVC, para dar dois deles.
A lista de boas ações do óxido nítrico no organismo humano é maior hoje do que esta que você acabou de ver, já conhecida nos anos 1970, quando Ignarro foi tomado pela vontade de investigá-lo. 
Agora se nota que o gás influencia positivamente na cognição e na memória, melhora a qualidade do sono agindo no sistema nervoso central e dá mais disposiçã0 para qualquer atividade física. Enfim, não faz pouco.

"Se uma substância aprontava tantas coisas, não seria lógico que o próprio corpo humano pudesse produzi-la, garantindo os seus estoques? Mas onde?", era o questionamento que Ignarro e seus colegas se faziam.

 Pois bem: em 1986, eles provaram que, sim, o nosso organismo produz moléculas de óxido nítrico o tempo inteiro. 
A fábrica são as células do endotélio, o revestimento interno dos vasos sanguíneos.
O cientista descobriu mais: recém-nascidos, proporcionalmente para o tamanho do corpo, descarregam na circulação uma quantidade muito maior de óxido nítrico do que crianças maiores  ou adultos. Na verdade, a linha de produção tende a declinar com o tempo.

 E ainda: não importa a idade, algumas condições diminuem o óxido nítrico disponível na circulação. "Pessoas com diabetes e com obesidade têm dosagens dessa substância notoriamente menores do que indivíduos sem essas doenças", exemplifica. "É bem provável que os problemas cardiovasculares aos que estão mais sujeitas tenham a ver, lá no fundo, com isso"
Para garantir o seu abastecimento, as células do vasos sanguíneos promovem uma metamorfose: elas usam a arginina, um dos 23 aminiácidos presentes nos alimentos, e a transformam direto em óxido nítrico. Essa conversão faz sobrar outra substância, a citrulina. Sem problemas, porque nesse caso o corpo utiliza as sobras, zerando o desperdício. Ele pega a citrulina acumulada para fazer mais óxido nítrico.

Mas será que algo poderia ser feito para turbinar essa produção, já que ela tende a ser derrubada pelo passar do tempo e por certas condições de saúde? O que ele próprio, Louis Ignarro, faz? 

Ouço então: "Faço atividade física regular e tenho uma dieta balanceada". Decepção! Eu querendo um óxido nítrico na água ou outra solução pá-pum e ele me vem com a velha fórmula!  
"Com mais estudos, já depois do Nobel, eu e outros cientistas provamos que o exercício regular aumenta os níveis de produção do óxido nítrico", explica. "Em relação à dieta, alguns elementos trabalham contra. 
O excesso de comida é um deles, mesmo que o indivíduo não ganhe tanto peso. Então, se existe um caminho, seu primeiro passo é a moderação à mesa."
Outra praga para o óxido nítrico são alimentos repletos de açúcar ou de gordura saturada, esta acima de tudo. 

Além de evitá-los, o indicado — ele calcula — seria garantir um aporte mínimo de 3 gramas de arginina por dia. "E isso seria relativamente simples, comendo boas fontes de proteínas como peixes, carnes, aves, leguminosas e oleaginosas", disse.
Aperto um pouco mais: só isso mesmo? Ignarro me conta que ele e a esposa não comem carne vermelha ou de aves mais do que duas ou três vezes por ano e olhe lá, em festas e ocasiões muito especiais. "Ainda assim, experimentamos só uma fatia. São fontes de proteína, sim, mas carregam a gordura saturada junto, o que puxa o óxido nítrico para baixo."
O cientista, se quer saber, gosta mesmo é da soja, olha aí! Ela tem mais de 4,5 gramas do aminoácido precursor do óxido nítrico em uma xícara. Outras fontes excelentes são as sementes de abóbora, o grão se bico, a lentilha…


Não importa se a sua produção de óxido nítrico tende a ser menor do que a do vizinho — como tudo em saúde, varia de um organismo para outro –, ela sempre aumenta quando tem arginina e citrulina dando sopa no sangue. 

Então, atenção: aqueles 3 gramas seriam a recomendação mínima e tudo bem, parece, se você ultrapassar. Nem por isso encha o prato só de fontes proteicas. Indiretamente, outros vegetais, como folhas escuras e frutas ricas em vitamina C, entram na receita da longevidade, em matéria de óxido nítrico.
"Não vale só caprichar nas proteínas. Ter  uma dieta que privilegia os vegetais é igualmente importante", frisou Ignarro para mim. "Isso porque não adianta aumentar a produção, se o organismo não consegue deixar os níveis de óxido nítrico estáveis", continua. 

 Segundo ele, diante de uma quantidade elevada de radicais livres, a molécula do gás some quase que instantaneamente. Não dura nem sequer aquele ínfimo segundo. 
É aí que os antioxidantes dos vegetais fazem a diferença.
Pergunto se ele teria se tornando vegetariano diante de tudo isso que observou em seu laboratório. Ouço que não, nada disso. Arranco, aí, mais um segredo: "Como peixes ricos em ômega-3, três ou quatro vezes por semana", diz, declarando outro detalhe dessa espécie de auto-prescrição. De acordo com o pesquisador, esse ácido graxo dos pescados tem se revelado tão importante quanto o óxido nítrico. "Muitas vezes age em dupla com ele, especialmente no cérebro."
Mas Ignarro nota meu desapontamento. Afinal, não iria oferecer aos leitores nada tão novo: apenas mais da tal dieta equilibrada e do exercício de três a cinco vezes por semana. 

"Conte para eles que sempre soubemos que isso, a combinação de exercício e alimentação em equilíbrio, fazia bem. Só não entedíamos o motivo. E descobrimos fazem bem justamente  porque ajudam — ou pelo menos não atrapalham — o óxido nítrico." Foi por isso que ganhou um Nobel, afinal.
Ele conquistou o prêmio Nobel de Medicina em 1998 graças a um estudo ligando o óxido nítrico à ocorrência de problemas cardiovasculares. Como esta molécula está indiretamente envolvida na ação de uma certa pílula azul que revolucionou a medicina e a cultura, é chamado muitas vezes de 'O Pai do Viagra'. O farmacologista americano – nascido na Itália – Doutor Louis J. Ignarro esteve em Florianópolis e abriu com sua palestra o I Congresso Internacional Biolab, que aconteceu no Costão do Santinho entre os dias 5 e 7 de abril.


Atualmente ele é professor do Departamento de Farmacologia Medicinal e Molecular na Universidade da Califórnia em Los Angeles, onde trabalha desde 1985. Obteve seu Ph.D. em Medicina pela Universidade de Minnesota em 1966. Sua contribuição se mostrou essencial ao avanço dos tratamentos cardiovasculares, ao demonstrar que o óxido nítrico atua na hipertensão, age como vasodilatador e é um dos responsáveis pelo mecanismo de ereção. Não por acaso, o Viagra foi lançado comercialmente em março de 1998, e o anúncio de sua conquista do Nobel aconteceu em outubro do mesmo ano.

Em conversa com o Diário Catarinense, Louis Ignarro destacou que um corpo são, de uma pessoa que tem um estilo de vida saudável, não terá que recorrer a remédios para controlar a saúde cardíaca. Uma dieta saudável e exercícios aeróbicos elevam a produção de óxido nítrico. Já uma alimentação com excesso de sal e gordura e o sedentarismo baixam a produção, mesmo nos não obesos. Ele falou ainda da sensação de estar pela primeira vez em Florianópolis. Veja na entrevista a seguir.

DC: O senhor ganhou um prêmio Nobel, uma grande conquista. Foi uma surpresa?
Ignarro:
 Sim e não. Devido ao trabalho que eu vinha desenvolvendo, meus colegas diziam que o material era digno de prêmio Nobel. Mas era difícil pensar sobre isso, porque realmente afeta a sua vida, e como eu trabalho em um laboratório eu mantenho um perfil bem discreto. Mas quando foi anunciado foi sim uma grande surpresa. Eu estava feliz e ao mesmo tempo aliviado que isso tinha acabado, e ninguém mais iria me perguntar quando eu ganharia o prêmio Nobel.

DC: Esse feito ocorreu há 15 anos. A indústria de medicamentos evoluiu muito durante esse período?
Ignarro:
 Todo o campo médico se desenvolveu tremendamente. O primeiro medicamento criado com base na minha pesquisa foi o Viagra, e muitos outros foram feitos desde então. Mas é uma tarefa imensa elaborar remédios que estimulem a produção de óxido nítrico. Eles servem para tratar condições cardíacas e vasculares mas também para outras doenças como Alzheimer. É um processo particularmente longo pois o óxido nítrico não é uma molécula simples. É um gás, muito instável, o que torna muito difícil desenvolver tecnologia nova para seu uso. Outro aspecto é que houve um grande salto na compreensão de como outros medicamentos funcionam. Felizmente a evolução tem sido contínua.

DC: Os problemas cardiovasculares são um problema imenso atualmente em nossa sociedade. Por que isso ocorre?
Ignarro:
 É muito simples. 90% das doenças cardiovasculares são passíveis de prevenção, e ocorrem devido a uma escolha errada do estilo de vida, com uma dieta pobre em nutrientes e falta de atividade física. Apenas 10% dos problemas de coração e circulação são genéticos, e portanto difíceis de serem evitados. E não são os remédios que vão ajudar, e sim a mudança no seu estilo de vida. Nós chegamos à compreensão fisiológica dessa questão, baseada em pesquisas em humanos. Se você comer com saúde, seu corpo produz mais óxido nítrico. Se você se exercitar mais, ele produz muito mais óxido nítrico. E no Brasil, assim como nos Estados Unidos, 70% da população está sofrendo de doença cardíaca. Mas se você olhar para os atletas, profissionais ou mesmo os que apenas mantêm uma rotina de treinos, esse número cai para 1%. É uma diferença abismal. Só que é muito difícil fazer com que as pessoas mudem seu modo de viver, e eu também não tenho essa resposta, talvez só Deus saiba.

DC: Hoje em dia parece que há uma pílula para cada problema. Ser humano pode ser considerado uma condição médica?
Ignarro:
 É verdade. O que acontece é que para muitas pessoas poderia mesmo ter um remédio para cada coisa. É muito difícil explicar para quem não tem uma compreensão mais científica que isso é simplesmente impossível. Nós não precisamos das pílulas. Mas nós as tomamos porque somos doentes, temos problemas cardiovasculares, temos pressão alta. Se prevenirmos tudo isso nós não precisaremos mais delas.

DC: Você já esteve no Brasil antes? O que está achando da experiência?
Ignarro:
 Já estive aqui várias vezes, umas 10 mais ou menos. Já estive em algumas ocasiões em São Paulo, mas principalmente fui ao Rio de Janeiro. Mas aqui em Florianópolis é a primeira vez. E eu não imaginava que o Brasil pudesse ser tão bonito. Aqui é até mais agradável que o Rio pois é mais calmo. Eu adorei a comida, as pessoas. Eu sou italiano, e as pessoas daqui me lembram as de lá, são muito cordiais e alegres, gostam de comer e de beber. Posso dizer que estou amando.

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